quarta-feira, 18 de julho de 2012

O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás.
 

O deserto era a apoteose de todos os desertos, imenso, estendendo-se para o céu no que parecia ser eternidade em todas as direções. Era branco e ofuscante e seco e sem feições a não ser o débil, enevoado traço das montanhas que se esboçavam no horizonte e a erva do diabo que trazia sonhos doces, pesadelos, morte. Uma ocasional placa mortuária indicava o caminho, pois antigamente a trilha poeirenta que avançava pela espessa crosta alcalina fora uma rodovia. Diligências e carroças tinham passado por lá. O mundo havia continuado desde então. O mundo havia se
esvaziado.


A Torre Negra - Volume I: O Pistoleiro


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